sábado, 15 de janeiro de 2011



AMARELO – COMO GOSTO DESSA COR


Ela combina tanto comigo
E com a minha vida também,
Que chega a ser a minha cor
O amarelo que o ipê tem.


Amar – elo
Do amaro elo
Gosto da poesia
Que encontro no amarelo.


Vou te fazer uma pergunta:
O teu amor é amarelo ou amarelado?
Te pergunto isso para saber
Se o verbo está no presente ou no passado.


Considerada a mais clara das cores
Eu vou amarelar!
Quando tiver que dizer;
P’ra sempre vou te amar.

De que cor é a tua cor?
Já sabes que a minha é amarelo,
Tu saberás de mim,
Quando vir um Ipê belo.


Como gosto dessa cor
Formada da mistura do verde com o vermelho
Quando olho um ipê amarelo
Eu me vejo num espelho.


Tem perfume de poesia
As flores amarelas do ipê
Na certa roubaram desses versos
Q’eu escrevo pra você.


A cor do tempo que passa
Tudo fica amarelado
Lembranças pode ser coisa boa
Que fizemos no passado.


Atenção! Atenção!
Meu coração estar aberto
Estou ficando amarelo
Como as areias do deserto!


By
Guaracy Clementino

terça-feira, 11 de janeiro de 2011




O VENDEDOR DE PASSADOS


Ontem eu fui a Angola
Conhecer Félix Ventura
E comprei-lhe um passado
Pode parecer loucura.


Mas não tinha fim de tarde
Nem nós sentados em meio fio
Lá na 12HC do Novo Gama
Ninguém nunca mais nos viu.


Traficante de memórias
Esse sinistro senhor
Nem as rosas q’eu te dei
O bandido me lembrou.


Posso saber quem eu sou?
Ele logo me respondeu:
Você é alguém que amou
E por isso se perdeu.


Agora é só um poeta
Aprendiz de rimador
Desenhará as calçadas
Com palavras de amor.


Ora, eu sou esse homem,
Com um passado novinho
Não me lembro de você
Já não me sinto sozinho.


A minha velha alma
Pendurada numa janela
Já não me lembro de antes
De como a vida era bela.


Tudo ficou para trás
Como num fado de Amália
Agora as minhas lembranças
Ficaram com esse canalha.


“Nada passa, nada expira,
O passado é um rio que dorme.
E a memória antiga,
Uma mentira multiforme.”

By
Guaracy Clementino.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011



BE DE BELEZA


Tu, és a luz que ilumina,
As águas quentes do mar.
Te olhar de longe fascina,
Quero te homenagear.


Poderias ser pintura de Picasso
Ou algo mais moderno e bonito
Talvez mais uma borboleta
Pintado por Romero Brito.

Gosto da cor dos teus olhos
Desse sorriso largão
Tens o poder do encanto
Tocas qualquer coração.


Sei que é Be Oliveira
Mas poderia ser a Monalisa
Tens as curvas perfeitas
A tua beleza é precisa.


Espalhas simpatia nesse ecrã
Acendes a noite com teu brilho...
Aceitas com meu carinho,
Esse poema, teu filho.


Nascido da tua beleza
Estrela mais linda que há
Daqui de Brasília da pra ver
Tens o dom de encantar.


Com a dança do teu ombro
O bater do coração
Solta-se beijos em poemas
És pura fascinação.


Os teus olhos é esperança
Baianinha sorridente
Faz de você essa criança
Que encanta toda gente.


By
Guaracy Clementino.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011


OLHAR DE RAIO X


Gosto de olhar
Gosto de enxergar
A vida é uma novidade
Sempre a se renovar.


Gosto do movimento das pessoas
Do ir e vir das cidades
Gosto do chegar e partir
Adoro a liberdade.


Gosto do encontro
Do calor do abraço
E lá vou eu novamente
Gostar mais ainda do q’eu faço.


Gosto do afeto
Gosto do sentir
A poesia é a minha vida
Minha razão de existir.


Gosto de afetar
Gosto de ser afetado
Isso só acontece com quem tem
Um olhar diferenciado.


Gosto de pagar mico
Dando risada à toa
Gosto de dizer em gestos:
“A vida é muito boa”.


Gosto de abraços
De sentir o calor humano
Onde há troca há calor
O abraço é soberano.


Gosto do visível e do invisível
De sentir e de tocar
Meu olhar de raio X
Gosta de capturar.


Gosto de vir o outro
De ser notado também,
Gosto de acreditar
No valor que a vida tem.

By
Guaracy Clementino.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011



UM DIA HÁS-DE ESQUECER


Um poema triste
De um peito aberto sai
Um homem bebendo magoas
Cambaleando pela noite vai.


Céu cinzento sob o astro mudo
Um crente insiste em orar
O poeta grita irritado:
O céu não se compra, dá!


E entra num bar
Bebe um uísque no balcão
Sempre olhando em volta
As vitimas da solidão.


Tristes como ele
Procurando companhia
Às vezes se satisfazem
Com alguma alma vazia.


Sem tirar os olhos do copo
Irmãos nus do abandono
Parecem mais uma matilha
De uns pobres cães sem dono.


Um dia hás-de esquecer
O que os trouxe cá
E com certeza as magoas
P’ra sempre irão afogar.


As vozes embarcam
Ao ouvirem uma canção
Alguém cantando “EVA”
No meio da multidão.

By
Guaracy Clementino.

sábado, 1 de janeiro de 2011



UM AMOR DESENCONTRADO


Nossas vidas separadas
Uma escolha antiga.
Será para sempre essa distância,
Minha querida?


Não vou falar de amor
De gostar ou sentir...
Sabemos que nós dois
Ainda estamos por ai.


Em mundos diferentes
Realidades desiguais
Somos tão bobos
Às vezes irracionais.


Não há como tirar retratos
Da solidão interior.
Não da para escrever poesias
Sem se falar de amor.


Seja bem vinda ao passado
Esse museu de nós dois
Que contará nossa história
Para quem vier depois.


Pétalas secas perdidas
Por do sol à tardinha...
Será que a tua história,
Ainda é a mesma que a minha?


Lembranças vivas na memória
Tempo que insiste em não passar
Me diga qual é a esquina
Que devo te encontrar.


Vivemos um amor desencontrado
Mal passado por nós
Faço da minha poesia
Desse amor a porta voz.

By
Guaracy Clementino
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