sábado, 25 de dezembro de 2010


QUEM CHORA POR TI, BRASILIA?


A Ti, minha Mãe,
Que tens corpo de avião.
Declaro meus sentimentos:
Moras em meu coração.


Minha terra sofrida
De tantos Rorizes e ais,
Espero que quem não te ame,
Não volte aqui nunca mais.

Terra vermelha cor de sangue
Cerrado do meu Brasil
Cidade mais linda do que essa
Nunca, na história se viu.


O sol em fúria em agosto
Faz o asfalto derreter
Mas digo sem medo de errar
Não há outra como você.


Tens o corpo de avião
O rosto de uma glamurosa
Essa cidade tão linda
Não há coisa mais gostosa.


Cidade de Célia Porto
Do Nicolas Bher, Alexandre Garcia, TT Catalão...
Poderosa como essa,
Eu juro! Que não conheço não!


Quem chora por ti, Brasília?
Somos nós os filhos teu,
Quando vemos esses canalhas
Roubando o que era meu.


Era meu e era nosso
Dos filhos desse país
Que foi provado agora
Que se pode ser feliz.


Tuas quadras é minha vida
Avenida das nações
Nesse povo Brasileiro
Moras em seus corações.

By
Guaracy Clementino

domingo, 19 de dezembro de 2010


FOI POR AMOR
O ASSASSINATO DA FLOR



Já roubei rosa vermelha
Num quintal desconhecido,
Sem saber que para sempre
Meu peito seria punido.


Pelas pétalas que secaram
Entre as páginas de um caderno,
Que faz do meu sofrimento
Esse tormento eterno.


Já roubei rosas vermelhas
Para dar ao meu amor,
Que as guardou entre páginas,
Um dia veio e secou.


Mas hoje volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois jamais voltarei a roubar,
Outra rosa, em fim.


Faço versos magoados,
De um coração cansaçado
Cada palavra que sai da tua voz
É um beijo-te roubado.


Qual a cor do coração,
Vermelho ou rosa?
São os beijos da ilusão
Que faz agente chorosa.


E assassina-se rosas
Comete-se crimes brutais
O amor é insensato
Quando se ama demais.


E foram muitas as flores...
Coisas simples do amor.
Quem já não passou por um jardim,
E uma flor não arrancou?




By
Guaracy Clementino

terça-feira, 14 de dezembro de 2010



VOLTEI


Voltei.
Voltei a tua praça. Voltei a nossa praça.
Não te vi,
Não teve a menor graça.


Fechei meus olhos
E um sabor de corneto veio me visitar.
Havia alguma coisa estranha
Pairando no ar.


Foi meio místico,
Meio sobrenatural.
Mas num piscar de olhos,
Voltei a um tempo legal.


Tempo que enxergava a vida
Como olhos do coração,
Tempo em que a ingenuidade
Era a medida padrão.


Senti-te ali
Parada em meus braços
Como se fosse possível
Transporta-se no espaço.


Minhas mãos suadas,
Teus beijos demorados...
Tava tudo lá
Pelo tempo guardado.


Lembrei que te dei
Uma bela estrelinha,
Para que nunca se sintas
Nesse mundo sozinha.


Lembre-se. Que para te contar quem sou,
Te dou poesia,
Para que nunca se esqueças;
Quem fomos um dia.




By
Guaracy Clementino.



"Regressamos sempre aos velhos lugares aonde amámos a vida. E só então compreendemos que não voltarão jamais todas as coisas que nos foram queridas. O amor é simples, e o tempo devora as coisas simples."
José Eduardo Agualusa.

sábado, 4 de dezembro de 2010


 DE POETA P’RA PINTORA


Ela fotografa girassóis
Pintando imagens com a mão
Como quem colore de amarelo
Os dias de solidão.


E cola a luz do sol
Com uma tinta especial
Que faz brilhar nas retinas
Sua cornucópia floral.


De alma e coração
Digo sem medo de errar
As cores que manipulas
Faria Tarsila roubar.


Gosto das tuas histórias contadas
De copos de leites feitos a mão
Gosto de quem com pincéis,
Faz quadros virar canção.


E pintas os dias cinzentos
Fazendo tudo ficar azul
Tens as cores do encanto
Só vista em mares do sul.


Eu, que claramente,
Só funciono a energia solar.
Não tinha nem o porquê,
Por tua obra não me encantar.


Porque gosto de quem gosta das cores
Iluminando sorrisos brancos cheios de emoção.
Adoro toda essa magia
De quem consegue arrancar alegrias de um coração.


Teus quadros são frases ditas
Feitas com a luz da vida
Mesmo não te conhecendo
Me és uma pessoa querida.




By
Guaracy Clementino.
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