domingo, 23 de novembro de 2008


OS ÓCULOS ESCUROS DE CARTOLA

Uma lente negra protege os olhos

Dando chance a outros pontos de vista

Poesia mantida

Poesia cantada

Poesia pichada

Como consequência de vida

Pra que a raiva não nos forme

Com o mesmo peso e medida

O povo pobre faz da arte história

Como os óculos escuros de cartola


Os óculos escuros de cartola


Eu ouço o eco dessa hora

Sensibilidade a toda prova

Foi-se o corpo

Foi-se o cansaço

Só não foi embora a necessidade

De ser leve apesar

De tanto peso nas costas

Como cerveja gelada depois da obra

Verdades sem moda

Como os óculos escuros de cartola

Os óculos escuros de cartola.

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Max de Castro/Marcelo Yuka

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