domingo, 30 de novembro de 2008


CÉU DE BRASILIA

Nunca vi peixes no céu
Nem tubarões mergulhar no ar,
Mas há alguma coisa no céu de Brasília
Que me faz lembrar o mar.

Nuvens brincam em ser corais
O horizonte é azul;
O céu dessa cidade,
Me lembra mares do sul.

Há sereias encantadas
Caminhando pela rua,
No céu dessa cidade;
A gaivota é uma lua.

É beleza bonita de se ver
O céu nas águas do Paranoá,
O céu dessa cidade,
É na verdade um mar.

É poesia em canções,
É o encantador de Elisa Lucinda...
O mar do planalto central
É mesmo coisa mais linda.

“Paixão é o nome que sinto por ti...”
Isso eu diria com certeza.
Por que o mar dessa cidade,
É presente da natureza.

Mas são os loucos de Brasília
Que me fazem duvidar;
O céu dessa cidade,
Não é na verdade um mar?

Esse céu é um poema
Colírio de Nicolas Bher,
Nas praias do infinito
Virou crença em minha fé.

São os poetas de Brasília
Que me fazem acreditar;
O céu dessa cidade...
É realmente... O mar.

BY
Guaracy Clementino.

domingo, 23 de novembro de 2008


OS ÓCULOS ESCUROS DE CARTOLA

Uma lente negra protege os olhos

Dando chance a outros pontos de vista

Poesia mantida

Poesia cantada

Poesia pichada

Como consequência de vida

Pra que a raiva não nos forme

Com o mesmo peso e medida

O povo pobre faz da arte história

Como os óculos escuros de cartola


Os óculos escuros de cartola


Eu ouço o eco dessa hora

Sensibilidade a toda prova

Foi-se o corpo

Foi-se o cansaço

Só não foi embora a necessidade

De ser leve apesar

De tanto peso nas costas

Como cerveja gelada depois da obra

Verdades sem moda

Como os óculos escuros de cartola

Os óculos escuros de cartola.

By
Max de Castro/Marcelo Yuka

sábado, 22 de novembro de 2008


AGRESSÕES EMOCIONAIS

Hoje pela manhã
Parece que todo mundo viu e ouviu,
Que quem você chama de amor;
Na verdade te agrediu.

Te chamou de vagabunda,
Disse coisas sem pensar,
Te agrediu com palavras;
Que ferem mais que surrar.

Jogou vaso com flores na parede
Jogou tua alto estima no chão...
Feriu com lamina de aço
O teu pobre coração.

“Ninguém é de ninguém”
Essa frase é tão batida,
Mas é melhor que seja a frase,
Do que você, minha querida.

Quem controla teus amigos,
Quem te põe nessa prisão...
Não merece um sentimento
Que venha do teu coração.

Por enquanto é só verbal,
Agressões emocionais.
Foge em quanto é tempo
Ou será tarde demais!

Quem grita no teu ouvido,
Aqui pra nós,
Não merece ouvir nenhum gemido
Que sai da tua voz.

Deixa ele morrer de ciúmes!
Mas não deixe de viver,
Você é uma mulher linda
Que todos queremos ver.

Vista sua roupa mais justa
Ponha aquele sapato bico fino
E deixe a macharada
Sonhar feito menino.

Por enquanto é só verbal
Corte o mal pela raiz!
Dê uma chance a você
E se deixe ser feliz.

Você é a mulher mais linda
Da quadra 9 do Val,
Por isso esse poema
De um poeta marginal.

By
Guaracy Clementino.
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