domingo, 21 de setembro de 2008


EXPERIMENTAR O EXPERIMENTAL


“Trate-me como as páginas de um livro”
Disse-me esse poema,
Que começo a escrever
Sem nenhum estratagema.

Olhos em uma página em branco,
Dedos a teclar
E a cabeça pensando,
No que é que isso vai dar.

Falo de amor e ódio?
Digo de separação?
Ou falo somente de mim,
Que vejo com o coração?

Conto um fato ocorrido?
Escrevo sem pensar?
Afinal o que eu faço,
Para esse poema vingar?

Talvez diga de eleição
Ou qualquer coisa ruim,
Tudo que lapida a alma
Parece coisa sem fim.

Não sou poeta,
Nem isso é poesia...
São somente palavras
Gravadas em página fria.

Mas afinal um poema
Na verdade o que será?
Uma pedra no caminho
Para DRUMMOND tropeçar?

Ou somente a memória
É uma ilha de edição,
Nos gritos alucinados
Do poeta, WALY SALOMÃO?

Parnasianismos à parte
Seja lá como será,
“Trate-me como as páginas de um livro”
Que o poeta surgirá.

By
Guaracy Clementino.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008


RESPOSTA AO TEU VÍCIO DE AMAR

Amigo irmão...
Não largue esse vicio não!
Aprenda a amar de verdade
Sem querer escravizar,
Porque amor de verdade,
Anda faltando no ar.

A brisa de agora é o medo
Como esse que você tem,
De querer se isolar
E não amar mais ninguém.

Mas o mundo anda carente
De poetas sentidores
Que busca na dor do amor,
Escrever as suas dores.

É belo nosso sofrer.
Chega a ser divertido...
Brincar de esconde - esconde
Com o sentimento sentido.

Por isso, não largue não!
Deixe a coisa rolar!
Porque nem todas as águas,
Devem correr para o mar.
By
GUARACY CLEMENTINO

O MEDO

Agora eu te pergunto:
O que devemos fazer,
Se um policial parar uma viatura
Bem pertinho de você?

Chame um ladrão!
Grite por socorro!
A vida tá complicada,
O asfalto virou morro.

O medo tem muitos olhos
Muitas maneiras de ser...
O medo agora é o astro,
Que aparece na Tv.

O medo vem da comida,
O medo vem do espaço,
O medo vem da solidão
Desse povo sem abraço.

O medo vem do abandono
Do idoso, da criança...
O medo vem da morte
Da velha e boa esperança.

O medo vem da rua,
Mesmo ela iluminada.
O medo vem das pessoas
Que atravessa a calçada.

O medo vem do silêncio
Da nossa falta de cidadania,
O medo agora mora,
Na falta de alegria.

O medo vem das promessas
Das urnas da eleição,
O medo agora é um astro
Galã de televisão.

By
Guaracy Clementino

O CORPO DO BAILARINO

O anjo negro caído
De tão belo e atrevido,
Virou pássaro que dança
Nas noites do maluvido.

Faz do corpo uma escola
Tenta entender quem é,
Já perdeu a inocência,
Mas não perdeu sua fé.

Amante de Amarante,
Defensor do popular...
Nas águas do Parnaíba
É lá que o vão encontrar.

TodoLado do mesmo lado
É ponto pro orixá,
Só quem conhece a força das águas
Sabe o valor do mar.

Negro cara de improviso
Tempestade corporal,
Teu corpo parece um pano
Estendido no varal.

O vento vai balançando
Dando forma etérea ao ser,
O movimento das ondas,
Parece lá com você.

Parabéns por tua arte,
Bailarino Valdemar!
Só quem acredita no impossível
Sabe onde deve chegar.

BY
GUARACY

DIAS ATUAIS

O amor é a lei da Vida.
Esquecemos essa passagem?
Viver com amor hoje em dia,
Parece ser uma bobagem.

É tanta estupidez,
Tanto ódio e rancor...
Parece que desaprendemos
O significado do amor.

Viramos uns kamikazes
Terroristas, saqueadores...
Estamos ao longo do tempo,
Perdendo nossos valores.

Cegamos os olhos d’água,
Desertamos o cerrado...
Não sabemos o que é certo,
Por quê fazemos errados?

Amizade é coisa pura,
É mel do coração...
Mas os amigos que temos,
Não pega na nossa mão.

É outra realidade
Esse nosso viver,
Estamos na virtualidade
De um novo aprender.

Engordamos feitos porcos
Sem controle da comida,
Estamos de muitas maneiras
Extinguindo a nossa vida.

By
Guaracy Clementino

“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."

Minha querida Regina
De gostos peculiares,
Trago-te essa delicia,
Pra com a alma provares.

“ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA”
É uma luz que incomoda
Porque, assumir que não somos bons,
Nunca foi a última moda.

A criatividade humana
É mesmo ilimitada,
Alguém nos faz enxergar
Mesmo com a vista vendada.

São personagens sem nomes
E trago pra discussão;
Como seria o mundo,
Se fossemos só a profissão?

Já imaginou Professora?
Se o nome não existisse,
Seriamos repetições,
Seria um disse – me - disse.

Mais de todas invencionices
Que a humanidade criou,
O nome de uma pessoa
Carrega o seu valor.

Tem gente com o nome sujo,
Tem nome que é horroroso...
Mas ouvir chamar seu nome,
É mesmo delicioso.

Quem pega a onomástica
E tenta si saber,
Descobre que o seu nome
Tem mesmo tudo haver.

By
Guaracy Clementino.

É O FIM

Quem diria,
Que esse dia, um dia, chegaria.
Dia de dizer adeus,
De por um ponto final
Em algo que juramos
Que seria imortal.

Quem diria,
Que o nosso amor modelo,
Se tornaria;
Nesse amor encrenqueiro.

É o fim.
Não da mais.
As coisas que vivemos,
Já ficaram para trás.

Levo dores...
Deixo dores...
Foi sempre assim,
O fim dos amores.

É eterno enquanto dura
É inferno enquanto finda...
Viveremos outras histórias
Com o coração na berlinda.

Já vou indo.
Podes ficar.
Na casa em que vivemos
Não da mais para morar.

Chora os olhos de angustia
Chora a alma de saudade...
E quando tudo passar,
Virá a felicidade.

Fique bem
Meu ex-amor.
As lembranças que eu levo
Foram as ultimas, que ficou.

By
Guaracy Clementino.
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