quarta-feira, 3 de dezembro de 2008


FLOR DO CERRADO

No caminho tem uma flor
Tem uma flor no caminho,
Para lembrar a quem passa
Que nunca se está sozinho.

No caminho para o shopping
Têm uns terrenos baldios
Embora cheios de entulhos
Parecem um tanto vazios.

Gatos mortos, cães mortos...
Nossa! Que fedor!!!
Mas tem uma coisa linda,
Que é uma simples flor.

Com os seus raios vermelhos
Encanta quem consegue ver
Na simplicidade da vida,
Coisa bela acontecer.

Fiquei como o Pequeno Príncipe,
Fascinado por sua beleza.
Vejo que eis a única flor
Nesse covil da tristeza.

Caetano já te enxergou
Minha linda flor do cerrado,
Também te fiz esse poema,
Por ti fiquei encantado.

O vento te acaricia
Vejo insetos te beijar
Pareces uma gota de sangue
Flutuando pelo ar.

Minha florzinha solitária
Senhora desse cerradão,
Serás p’ra sempre a florzinha,
Que mora em meu coração.


By
Guaracy Clementino.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008


LA BELLE DRIELLE


Ela é uma menina
Com corpo de mulherão
Não tem como ela chegar
E não chamar a atenção.

Ela tem um rebolado
Um jeito maldoso de caminhar
Domina o olhar da gente
Com seu jeito de andar.

Ela não é só uma moça linda
Como ar de atriz de TV,
Quando se veste de amarelo,
Tem mesmo tudo a ver.

Hum!!! Olha só a boca dela!
Esse jeito de olhar!
Me diga se tem,
Como não se apaixonar?

Ela é um poema andante,
A beleza em movimento...
É uma pequena mulher
Que merece um monumento.

Ela é uma balada só,
Tremendo barulhão!
Os ritmos de uma festa reve
Bate no seu coração.

Ela é como aquela máxima,
Que si diz no mundo inteiro:
É mesmo nos pequenos frascos,
Que se guarda o melhor cheiro.


Pequena Petit
Da turma DIN1a
É mesmo um grande prazer
Toda noite te encontrar.

By
Guaracy Clementino.

domingo, 30 de novembro de 2008


CÉU DE BRASILIA

Nunca vi peixes no céu
Nem tubarões mergulhar no ar,
Mas há alguma coisa no céu de Brasília
Que me faz lembrar o mar.

Nuvens brincam em ser corais
O horizonte é azul;
O céu dessa cidade,
Me lembra mares do sul.

Há sereias encantadas
Caminhando pela rua,
No céu dessa cidade;
A gaivota é uma lua.

É beleza bonita de se ver
O céu nas águas do Paranoá,
O céu dessa cidade,
É na verdade um mar.

É poesia em canções,
É o encantador de Elisa Lucinda...
O mar do planalto central
É mesmo coisa mais linda.

“Paixão é o nome que sinto por ti...”
Isso eu diria com certeza.
Por que o mar dessa cidade,
É presente da natureza.

Mas são os loucos de Brasília
Que me fazem duvidar;
O céu dessa cidade,
Não é na verdade um mar?

Esse céu é um poema
Colírio de Nicolas Bher,
Nas praias do infinito
Virou crença em minha fé.

São os poetas de Brasília
Que me fazem acreditar;
O céu dessa cidade...
É realmente... O mar.

BY
Guaracy Clementino.

domingo, 23 de novembro de 2008


OS ÓCULOS ESCUROS DE CARTOLA

Uma lente negra protege os olhos

Dando chance a outros pontos de vista

Poesia mantida

Poesia cantada

Poesia pichada

Como consequência de vida

Pra que a raiva não nos forme

Com o mesmo peso e medida

O povo pobre faz da arte história

Como os óculos escuros de cartola


Os óculos escuros de cartola


Eu ouço o eco dessa hora

Sensibilidade a toda prova

Foi-se o corpo

Foi-se o cansaço

Só não foi embora a necessidade

De ser leve apesar

De tanto peso nas costas

Como cerveja gelada depois da obra

Verdades sem moda

Como os óculos escuros de cartola

Os óculos escuros de cartola.

By
Max de Castro/Marcelo Yuka

sábado, 22 de novembro de 2008


AGRESSÕES EMOCIONAIS

Hoje pela manhã
Parece que todo mundo viu e ouviu,
Que quem você chama de amor;
Na verdade te agrediu.

Te chamou de vagabunda,
Disse coisas sem pensar,
Te agrediu com palavras;
Que ferem mais que surrar.

Jogou vaso com flores na parede
Jogou tua alto estima no chão...
Feriu com lamina de aço
O teu pobre coração.

“Ninguém é de ninguém”
Essa frase é tão batida,
Mas é melhor que seja a frase,
Do que você, minha querida.

Quem controla teus amigos,
Quem te põe nessa prisão...
Não merece um sentimento
Que venha do teu coração.

Por enquanto é só verbal,
Agressões emocionais.
Foge em quanto é tempo
Ou será tarde demais!

Quem grita no teu ouvido,
Aqui pra nós,
Não merece ouvir nenhum gemido
Que sai da tua voz.

Deixa ele morrer de ciúmes!
Mas não deixe de viver,
Você é uma mulher linda
Que todos queremos ver.

Vista sua roupa mais justa
Ponha aquele sapato bico fino
E deixe a macharada
Sonhar feito menino.

Por enquanto é só verbal
Corte o mal pela raiz!
Dê uma chance a você
E se deixe ser feliz.

Você é a mulher mais linda
Da quadra 9 do Val,
Por isso esse poema
De um poeta marginal.

By
Guaracy Clementino.

terça-feira, 14 de outubro de 2008


TENS O ENCANTO À PARTE.

Há meia dúzia de coisinhas
Que eu quero te dizer;
Tu tens um encanto à parte
Que todo mundo quer ver.

Como aprendiz de poeta
Eu comecei a gostar,
De fazer-te minha musa
Para com as coisas rimar.

E foi rimando observações
Que nasceu esse poema,
Do gosto de gostar de rimas
Fiz-te Débora uma Helena.

Gosto de te ver chegar
Tu tens o encanto à parte,
Quando andas pela sala
Mais parece obra de arte.

Gosto da tua beleza amazônica,
Assim tão misteriosa.
Gosto dessa tua educação,
Coisa pra lá de gostosa.

Gosto do teu sorriso de menina
Brincando com a vida,
Obrigado por tu seres
Essa pessoa tão querida.

Gosto dos olhares que te seguem
Como bichos predadores,
Gosto dos sonhos deles,
Fantasiando amores.

Gosto do brilho do teu olhar
Dançando na luz da retina,
Gosto do teu jeito de andar
Num pax de deux bailarina.

Gosto desse teu sorriso
Que mais parece uma lua,
Encantando os poetas
Com essa beleza tua.


Deixa-te ficar assim;
Esse ser mais que encantado.
Tê-la como a minha musa
É como um beijo roubado.

By
GUARACY CLEMENTINO.

domingo, 21 de setembro de 2008


EXPERIMENTAR O EXPERIMENTAL


“Trate-me como as páginas de um livro”
Disse-me esse poema,
Que começo a escrever
Sem nenhum estratagema.

Olhos em uma página em branco,
Dedos a teclar
E a cabeça pensando,
No que é que isso vai dar.

Falo de amor e ódio?
Digo de separação?
Ou falo somente de mim,
Que vejo com o coração?

Conto um fato ocorrido?
Escrevo sem pensar?
Afinal o que eu faço,
Para esse poema vingar?

Talvez diga de eleição
Ou qualquer coisa ruim,
Tudo que lapida a alma
Parece coisa sem fim.

Não sou poeta,
Nem isso é poesia...
São somente palavras
Gravadas em página fria.

Mas afinal um poema
Na verdade o que será?
Uma pedra no caminho
Para DRUMMOND tropeçar?

Ou somente a memória
É uma ilha de edição,
Nos gritos alucinados
Do poeta, WALY SALOMÃO?

Parnasianismos à parte
Seja lá como será,
“Trate-me como as páginas de um livro”
Que o poeta surgirá.

By
Guaracy Clementino.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008


RESPOSTA AO TEU VÍCIO DE AMAR

Amigo irmão...
Não largue esse vicio não!
Aprenda a amar de verdade
Sem querer escravizar,
Porque amor de verdade,
Anda faltando no ar.

A brisa de agora é o medo
Como esse que você tem,
De querer se isolar
E não amar mais ninguém.

Mas o mundo anda carente
De poetas sentidores
Que busca na dor do amor,
Escrever as suas dores.

É belo nosso sofrer.
Chega a ser divertido...
Brincar de esconde - esconde
Com o sentimento sentido.

Por isso, não largue não!
Deixe a coisa rolar!
Porque nem todas as águas,
Devem correr para o mar.
By
GUARACY CLEMENTINO

O MEDO

Agora eu te pergunto:
O que devemos fazer,
Se um policial parar uma viatura
Bem pertinho de você?

Chame um ladrão!
Grite por socorro!
A vida tá complicada,
O asfalto virou morro.

O medo tem muitos olhos
Muitas maneiras de ser...
O medo agora é o astro,
Que aparece na Tv.

O medo vem da comida,
O medo vem do espaço,
O medo vem da solidão
Desse povo sem abraço.

O medo vem do abandono
Do idoso, da criança...
O medo vem da morte
Da velha e boa esperança.

O medo vem da rua,
Mesmo ela iluminada.
O medo vem das pessoas
Que atravessa a calçada.

O medo vem do silêncio
Da nossa falta de cidadania,
O medo agora mora,
Na falta de alegria.

O medo vem das promessas
Das urnas da eleição,
O medo agora é um astro
Galã de televisão.

By
Guaracy Clementino

O CORPO DO BAILARINO

O anjo negro caído
De tão belo e atrevido,
Virou pássaro que dança
Nas noites do maluvido.

Faz do corpo uma escola
Tenta entender quem é,
Já perdeu a inocência,
Mas não perdeu sua fé.

Amante de Amarante,
Defensor do popular...
Nas águas do Parnaíba
É lá que o vão encontrar.

TodoLado do mesmo lado
É ponto pro orixá,
Só quem conhece a força das águas
Sabe o valor do mar.

Negro cara de improviso
Tempestade corporal,
Teu corpo parece um pano
Estendido no varal.

O vento vai balançando
Dando forma etérea ao ser,
O movimento das ondas,
Parece lá com você.

Parabéns por tua arte,
Bailarino Valdemar!
Só quem acredita no impossível
Sabe onde deve chegar.

BY
GUARACY

DIAS ATUAIS

O amor é a lei da Vida.
Esquecemos essa passagem?
Viver com amor hoje em dia,
Parece ser uma bobagem.

É tanta estupidez,
Tanto ódio e rancor...
Parece que desaprendemos
O significado do amor.

Viramos uns kamikazes
Terroristas, saqueadores...
Estamos ao longo do tempo,
Perdendo nossos valores.

Cegamos os olhos d’água,
Desertamos o cerrado...
Não sabemos o que é certo,
Por quê fazemos errados?

Amizade é coisa pura,
É mel do coração...
Mas os amigos que temos,
Não pega na nossa mão.

É outra realidade
Esse nosso viver,
Estamos na virtualidade
De um novo aprender.

Engordamos feitos porcos
Sem controle da comida,
Estamos de muitas maneiras
Extinguindo a nossa vida.

By
Guaracy Clementino

“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."

Minha querida Regina
De gostos peculiares,
Trago-te essa delicia,
Pra com a alma provares.

“ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA”
É uma luz que incomoda
Porque, assumir que não somos bons,
Nunca foi a última moda.

A criatividade humana
É mesmo ilimitada,
Alguém nos faz enxergar
Mesmo com a vista vendada.

São personagens sem nomes
E trago pra discussão;
Como seria o mundo,
Se fossemos só a profissão?

Já imaginou Professora?
Se o nome não existisse,
Seriamos repetições,
Seria um disse – me - disse.

Mais de todas invencionices
Que a humanidade criou,
O nome de uma pessoa
Carrega o seu valor.

Tem gente com o nome sujo,
Tem nome que é horroroso...
Mas ouvir chamar seu nome,
É mesmo delicioso.

Quem pega a onomástica
E tenta si saber,
Descobre que o seu nome
Tem mesmo tudo haver.

By
Guaracy Clementino.

É O FIM

Quem diria,
Que esse dia, um dia, chegaria.
Dia de dizer adeus,
De por um ponto final
Em algo que juramos
Que seria imortal.

Quem diria,
Que o nosso amor modelo,
Se tornaria;
Nesse amor encrenqueiro.

É o fim.
Não da mais.
As coisas que vivemos,
Já ficaram para trás.

Levo dores...
Deixo dores...
Foi sempre assim,
O fim dos amores.

É eterno enquanto dura
É inferno enquanto finda...
Viveremos outras histórias
Com o coração na berlinda.

Já vou indo.
Podes ficar.
Na casa em que vivemos
Não da mais para morar.

Chora os olhos de angustia
Chora a alma de saudade...
E quando tudo passar,
Virá a felicidade.

Fique bem
Meu ex-amor.
As lembranças que eu levo
Foram as ultimas, que ficou.

By
Guaracy Clementino.

segunda-feira, 21 de abril de 2008


BRASILIA 48 ANOS.

48 de idade
Com corpitcho escultural
Essa é a minha cidade
A luz do planalto central.

Morena cor do cerrado
Multicor por assim dizer;
Tens na tua alvorada
A magia do viver.

De cimento, suor e poeira...
Das águas do Paranoá,
Germinou a semente
Que fez Brasília brotar.

Terra que pintou na alma
A Brasilidade real,
Dos Brasis que conhecemos,
Nasceu nossa capital.

Minha Brasília é tão linda!
Oh, que gramado imenso!
O céu da minha cidade,
Parece um mar suspenso.

De magia e encantos
Sem esquinas pra dobrar,
Brasília enche-me as vistas,
Faz-me a alma poetar.

Lá da Vila do I. A. P. I
Até hoje Águas Claras,
Essa cidade é feita
De muitas pessoas raras.


By
Guaracy Clementino.

sábado, 22 de março de 2008


GOSTO DE TI

Gosto de ti
Como quem gosta de ver
O sol lindo e maravilhoso
Logo pelo amanhecer.

Gosto de ti
Como quem bebe poesia
Para arrotar sorrisos
Pelo resto de todo dia.

Gosto de ti
Como quem enxerga colorido
Para não ver da vida
O momento, dolorido.

Gosto de ti
Como quem come pipoca
E fica brincando na rua
Com os meninos de toca.

Gosto de ti
Como quem deita numa rede
E mata no sal da saliva
De todo amor, a sede.

Gosto de ti
Como quem adivinha o futuro
E consegue enxergar
De óculos escuro no escuro.

Gosto de ti
Como quem gosta do amor
Porque se faço poesia
Foi você quem me inspirou.

By
Guaracy

domingo, 2 de março de 2008


PESSOAS INVISIVEIS

Êi, você que tá me lendo!
Te pergunto sem temer;
Será que pessoas invisíveis,
Você consegue ver?

São pessoas de uniformes
Com profissões “sem valor”
Que limpa, das ruas o lixo,
Que por lá você deixou.

Que abastece teu carro,
Faz o pão pra tu comer...
Mas que você passa por ela
E não as conseguem ver.

É gente desumanizada
Coisificada e tal,
Vítimas da indiferença
Na escala social.

Tão nas paradas de ônibus,
Na estação do metrô,
Espalhados pelas ruas
Na pele de camelô.

São meio paisagens urbanas:
O mendigo, o flanelinha,
O garoto do sinal...
São esses e outros tipos
Que vivem; na invisibilidade total.

Será que ficamos cegos,
Com tanta informação?
Ou realidade demais
Mudou nossa percepção?

By

Guaracy

Poema inspirado no livro:
“HOMENS INVISÍVEIS” – Fernando Braga da Costa.
Powered By Blogger

MIDRAXE

MIDRAXE
Um desenho de BUKOWSKI

Seguidores

Powered By Blogger

Arquivo do blog