quarta-feira, 27 de junho de 2007


VOU-ME EMBORA DE BRASÍLIA.

Vou-me embora de Brasília,
Pois já não agüento mais
As noticias escandalosas
Estampando os Jornais.

É deputado bandido,
Ex-Govenador ladrão...
Brasília tá parecendo
A mãe da corrupção.

E não é só, os lá de fora.
Que vêem aqui pra roubar,
São as cobrinhas de casa,
Que aprenderam a voar.

Vou-me embora de Brasília
Eu não consigo entender,
Como “AQUELE” deputado
Conseguiu se reeleger.

Parece que quem mora aqui
Não ama essa cidade,
Vive cagando nas urnas
Pra nossa infelicidade.

Vou-me embora de Brasília
Cidade do meu coração.
Juscelino deve tá se revirando
Lá dentro do seu caixão.

Vou-me embora de Brasília
Antes que queiram roubar;
Além das margens, as águas,
Do logo Paranoá.

Guaracy Clementino

domingo, 24 de junho de 2007


BILHETE PARA UM POETA

JANDUHI tô encantado
Com o livro que de ti, comprei.
Mas também fiquei feliz
Com os cordéis que ganhei.

Já li todos rapidinho
E quero lhe agradecer,
Por pelos olhos da rima,
PATOS eu conhecer.

Segui o enterro de TOINHA
Mas que fato inusitado!
Nunca tinha visto um cristão
Ser em dois caixões enterrado.

Também pedi a ZÉ JOÃO
Pra ele se candidatar,
Porque político de coração
Na minha BRASILIA não há.

Vi passar pela minha vista
CÔCA com o seu cartaz,
E uma amiga me disse:
“CLODOVIL daria mais”.

Na peleja do moderno
Com o “Quase” ultrapassado;
Entre o e-mail e a carta,
Eu fico é com o recado.

“A alma do senador...”
Acho que devia ser
O livro de cabeceira
Pra todo político ler.

A história de ZÉ BOCÃO
É coisa mais verdadeira,
Quem nunca teve um chefe,
Que não lhe falou besteira?

E com o aluno inteligente
Eu aprendi uma lição;
É melhor se lê um livro,
Do que vê televisão.

By
Guaracy Clementino

quarta-feira, 20 de junho de 2007


O ESPANTALHO

Pareço algo plantado
Na imensidão do vazio
Não tenho um abraço amigo
Pra me proteger do frio.

Minha saudade é imorredoura,
Sou um espantalho,
Vigiando tua lavoura.

Faça sol ou faça chuva
Minhas lágrimas de viúva
Não vão te trazer,
Todos me olham;
Mas ninguém me ver.

Sou feito de palha de arroz,
Sou feito de palha de milho
Eu sou o filho sem pai
Ou o pai sem filho?
Talvez um trem...
Que tenha deixado os trilhos.

Estou de braços abertos
Esperando você,
Eu sou o espantalho
Que ninguém ver.

Sou uma estranha criatura
Um misto de loucura
Com algo sem razão.
Eu sou um espantalho
Que tem coração.

Cá estou,
No sol e na chuva.
Essa saudade imorredoura
Me deixa a vista turva.

By
Guaracy Clementino


O PRAZER DELA

Ela adora odiar
Vive a mergulhar
Em oceano de cólera.
O amor rir dela,
Abre-lhe janela
Para o mal dizer.
Ela vive a fazer
Promessa para não cumprir
Acorda, quando todos vão dormir.
Ela canta para solidão
Músicas de saudades,
Ela arranca pedaços de coração
Somente, por pura maldade.
Ela se parece com gente ruim
Ataca-me com palavras
Que mais parecem;
Socos no rim.
Gosta de testar meus limites
Agredindo-me sem querer
Tornando ainda mais triste
Essa tragédia que é viver.
A morte não separa
Somente o desamor,
Ninguém vive a vida inteira
Cultuando a velha dor.
Finge sorriso falso
Engana-se o tempo inteiro
É capaz de vender a mãe
Por um pouco de dinheiro.
Essa garota não é legal
Ela é tudo de mal
Se parece com os vermes
Que vivem no meu quintal.

By
Guaracy

OPTA

No espelho em que me olho
Já não sou mais o meu dono
Só enxergo a você;
Que vive atirar-me o sono.

Noites sem dormir
Dias sem comer
Vivo me alimentando
Do que sinto por você.

Vida corroída,
Becos sem saídas...
Transformaram-se os caminhos
Que trilham a minha vida.

Sou um prisioneiro
Que não consegue explicar
Tenho a liberdade,
Mas não quero me mandar.

Prefiro te servir
Ser o teu escravo
Por você, eu cozinho,
Passo e lavo.

Corre!
Vem me ver
Vem me desentristecer
Traz para mim
Um pouco de você.

Tô precisado!
Quero ter alguém,
Que viva para sempre,
Alimentando o meu bem.

By
Guaracy Clementino


terça-feira, 19 de junho de 2007


CONVIDANDO ARIANO SUASSUNA
PARA MORRE EM BRASILIA.

ARIANO morra aqui!
Bem no planalto central
Morra de braços abertos
Em frente a Catedral.

Morra na W-3
No Exinho ou no Eixão
Morra de olhos abertos
Com uma Caliandra nas mãos.

ARIANO morra aqui
Deitado no gramado feito uma criança
Morra de felicidades
Na capital da esperança.

Morra de peito aberto
Nas Asas desse avião,
Que também deve fruto
Do sonho dessa nação.

ARIANO morra aqui,
Na Rampa ou no Congresso
Nessa cidade que é,
A mais linda do universo.

Morra na Ceilândia
No Gama ou no Guará
Morra nas águas brilhantes
Do lago Paranoá.

ARIANO morra aqui
Embora sejas imortal,
Saiba. Existem duas Brasília;
A real e a oficial.

Morra na Brasília Real
Dessa gente hospitaleira
Herança dessa mistura
A mais pura e Brasileira.

ARIANO morra aqui,
A galope no sonho de JK
Q’eu prometo mandar seu corpo
Pra tua Taperoá.

By
Guaracy



quinta-feira, 14 de junho de 2007


MULHER CÃO

Porra – louca,
Sujeita sem coração
Essa que vive no cio
Garimpando solidão.

Dorme com os vira-latas
Saí a noite pra aprontar,
Se achando a importante
Ela só sabe é dá.

Não importa o companheiro
Se ele é feio ou bonito,
Ela acorda o bairro inteiro
Quando geme e da um grito.

Mulher-Cão sem pedigree
Anda sempre em matilha
Seu coração é uma pedra
Perdida em uma ilha.

Ela é muita má,
Quando solta nos quintais.
Arranca pétalas de flores
E come pobres pardais.

Ela mija onde mora
Também mija quando dá,
Tem uma esperança vermelha
Morando no seu olhar.

Vive pousando de Star
Essa aprendiz de Chacrete,
Limpa os dentes com chiclete
Quando paga um boquete.

É uma praga proliferante
Esse tipo de Mulher-Cão,
Que faz da vida uma festa
Sem sentido e sem razão.


By
Guaracy

terça-feira, 12 de junho de 2007


DIAS DOS NAMORADOS

Hoje o dia é especial
Pra quem namora ou não,
É dia de exercitar,
As coisas do coração.

Dia de comprar presentes
De dá beijos adoidado
Não importa se o cristão
Tá solteiro ou casado.

Amor tem pra todo gosto
Seja lá que jeito for,
O importante hoje,
É comemorar o amor.

Hoje é dia de Princesas,
Também é dia do Ogro.
Hoje é dia em que de noite,
A cama vai pegar fogo.

Hoje é o dia da tinta
Que tudo muda de cor
Que transforma feio em lindo,
A tinta chamado amor.

Hoje é dia do encanto
Seja príncipe encantado
Faça com que o dia de hoje
Seja pra sempre lembrado.

Não deixe de ser criança!
Tenha olhos de esperança,
Sorrisos de girassóis...
Queira o que a vista alcança
Debaixo dos teus lençóis.

Hoje é dia de ser louco
De fazer todos duvidar;
Se a terra gira ao contrario
Ou os rios nascem do mar.

BY
Guaracy.

segunda-feira, 11 de junho de 2007


SWEET WATER

A chuva é água doce
Caindo do céu para as plantas,
Regando a terra, molhando os vales.


Minhas lágrimas são água salgada
Parecida com soro;
Expurgando tristezas, lavando-me a alma.


Água doce quando cai no mar
Vira sal e solidão
Lágrimas que não escorre dos olhos
Inundam o coração.


Água doce é da fonte
Nasce do céu, brota da terra.
Será num futuro próximo
Motivo para uma guerra.


Água salgada:
É urânio, é prata, é ouro...
Devemos preservar
Esse tão raro tesouro.


Água doce parada,
Apodrece.
Quem ver alguém chorando,
Por muito tempo,
Já mais se esquece.


Água doce vira rios,
Vira lagos e tempestades
Água de lágrimas se traduz
Na mais pura das verdades.

P/ Nansi Nevins(Kelli Williams)


By
Guaracy

QUEM FICA SÓ,
APRENDE COM O PÓ.

Ensina-me
Como esconder sentimentos,
Guardá-los em tumbas de cimento,
Enterra-los no chão.
Ensina-me
Como enganar de vez
Esse meu louco coração
Sem feri-lo.
Tem dias que quero abri-lo,
Desmontá-lo todinho,
Trocar o forro de dentro
Por outro forro novinho.
Tem noites que perco o sono
Fico dias sem dormir
Pensando numa maneira
De como dele, fugir.
Prometo, juro, garanto.
Que nunca mais nessa vida
Você me verá aos prantos.
Experimentei o sal das lágrimas
Ele me acalmou
Eu aprendi direitinho
O que o sofrimento ensinou.
Quem fica só, aprende com o pó,
A ser barro de novo.
Por isso diga ao povo:
Tô indo a luta!
Com culpa ou sem culpa
Não vou usar de desculpas
Para não tentar de novo.

By
Guaracy

VOZ DE JURITI

Célia Porto,
Sua voz
É suave de ouvir,
Me faz lembrar;
O canto da juriti.
Também vejo beleza
No seu olhar de tigresa.
Palhaço bonito
Soltando o grito em “perfeição”
“Riacho de areia” correndo nas veias
Desse nosso planaltão.
“Estrela da terra”, soldado sem guerra,
Vigiando com a voz;
A Brasília de todos nós.
Menina mãe, mulher “curumim”;
Musa do Renio, cantando pra mim;
“Trim!!!”.
Pequena baía de imensa beleza
Tens na voz a grandeza
De um rio virando mar;
Célia Porto... é muito bom,
Te ouvir cantar.
Músicas do Renio, Aldo, Makau...
Na tua voz, ficam muito legal.
Também do Eduardo, Gérson, Legião...
Tocas como ninguém;
O meu coração.
Pequena mulher, grande cantora.
Espantalho de tristezas
Da minha lavoura.
É por isso que eu digo:
Se a Ema gemeu
No tronco do juremá...
É porque não ouviu,
A Célia Porto cantar.

By
Guaracy

POR QUERER VOCÊ

Queria escrever qualquer coisa
Alguma coisa eu queria escrever
Não sei bem o que era,
Mas sei que era alguma coisa pra você.

Queria dizer com palavras
Ou mesmo gesto, que fosse.
Que a vida sem você,
É um mar que se findosse.

Queria que o teu olhar
Prendesse o meu
E que você nunca duvidasse,
Que pra sempre,
Eu vou ser teu.

Queria-te verdadeira
Como as flores do jardim,
Queria que você fosse um sol
Que não brilhasse só pra mim.

Queria afogar o meu tempo
No templo do teu coração,
Andar pelas ruas desse Val
Pegado na tua mão.

Queria uma noite de lua
Com muitas estrelas no céu,
E ser um beijar-flor,
Para beber do teu mel.

Queria a crueldade da espera,
Só um minuto a mais,
Para encontrar nos teus braços
A eternidade da paz.

Queria-te pra sempre.
Que nunca tivesse fim,
Essa vontade imensa
De você morando em mim.

By
Guaracy

sexta-feira, 8 de junho de 2007


AO PÉ DE IPÊ LÁ DA PRAÇA.

Ora, veja você.
Agora até o pé de ipê,
Que fica lá na praça,
Anda meio sem graça,
Sem vontade de viver.

Tudo porque nunca mais,
Eu lhe falei de você.

Anda triste o coitado
Parou de florir
Parece que nada mais,
O fará sorrir.

Tem dia
Que a noite é foda;
Essas dores de amores
Parecem que virou moda.

Me disse ele, assim;
Em tom de confissão,
Como se tivesse uma espada
Gravada no coração.

Meu dia não passa
Nesse lamento sem graça
Vendo essas pessoas
Sentadas nessa praça.

Chorando magoas
Roendo suas dores,
Chorando pra mim
O fim dos amores.

E nem assim...
Com toda essa abertura,
Eu falei de você,
Que é,
A minha loucura.

By Guaracy



quinta-feira, 7 de junho de 2007


QUASE UMA NOITE COM SOL

Eu odeio tudo isso.

Odeio ficar aqui horas e horas
Pensando em você,

Pensando numa pessoa
Que me fez desejar a morte,
Só porque ela não estava
Por perto.

Odeio sentir tua falta
E confundir o teu rosto,
Com desconhecidos.
Odeio ficar deprimido
Quando penso em você.

Desperdiço lágrimas
Quando tento afogar a saudade
Que parece saber nadar
Em água com sal.

Mágoas.
É o que eu sinto agora
Depois que tudo passou.
Esse buraco imenso,
Que cabe intero,
O maior trator.

Me perco no mundo das lembranças.
Que fica entre o passado e o presente,
Onde o corpo fica,
E o pensamento vai;
Deixando um ser inerte
Que parece sem alma.

E nessa lamentação inútil
Eu crio imagens
Que vira poema e que vira depoimento,
E toda essa coisa;
Que parece
Sem cabimento.


BY

GUARACY

A MENTIRA QUE VOCÊ ME CONTOU


É assim todo dia
O anjo negro da saudade
Desce do seu céu particular
E vem me tentar.

Sussurra o teu nome
No meu ouvido
E o meu pensamento
Liga o vídeo tape
E começa a passar cenas de nós dois
Que pareciam esquecidas.

Parece mais uma sessão da tarde
Repetindo o mesmo filme
Um milhão de vezes.

Sinto o teu cheiro
Como se você estivesse ali,
Bem ao meu lado.
Ouço a tua voz, vejo os teus olhos,
Toco o teu nariz...
E me lembro de um tempo
Em que éramos felizes.

Essas lembranças,
Vira-me a cabeça.
Enlouquecendo-me,
Até os ossos.

Medito sobre o passado
E tudo é tão distante
Sei que nunca mais
Será como antes.

Mas a vida segue...
E quem poderá dizer,
Se não houve de verdade,
Amor, entre eu...
E você?

by

Guaracy

quarta-feira, 6 de junho de 2007


O TEMPO CURA

Fez-me desejar-te.
Fez-me amar-te,
Fez-me querer viver
Esse amor para sempre.
“Quando o para sempre,
Sempre acaba”.
Já dizia o RENATO
Em uma de suas canções.

Mas hoje vivo no muro das lamentações
Batendo a cabeça contra a parede
Como um condenado de ALÁ.

Vivo a procurar as razões
Do que aconteceu,
Quando era mais fácil aceitar,
Que o que havia,
Morreu.

Sinto esse vazio imenso.
Tão imenso vazio,
Que mesmo a 40° Graus,
Meu corpo anda sentindo frio.

Estou imobilizado,
Os músculos todos travados,
Um horror!
Pareço uma personagem de um filme
Que o Mister Freeze,
Congelou.

Fez-me amar-te.
Fez-me desejar-te.
Fez-me sofrer...
Mas agora,
Eu estou muito bem,
Por saber,
Quem é você.

by

Guaracy

PARA SER FELIZ DE MENTIRA.

Já não vejo mais
Você deitada no colo das colegas
Como se elas fossem suas amigas de infância.

Já não vejo mais as fotos
Das festas intermináveis
E dos amigos do peito
Em abraços grátis
Dados no escuro.

Já não vejo mais o teu sorriso de felicidade
Achando-se a querida
Da vida de quem você não conhecia.

Já não vejo mais você
Toda pose se pensando star
Aparecendo nas festas
Para as outras, ti gozar.

Já não ouço mais o teu nome
Nos telefones das amigas
Chamando uma as outras
Pra cai na vida.

Já não vejo mais tua filha
Enfiada num quarto, dormindo,
As três da manhã na casa
Do teu caso.

Já não sinto mais medo
Em te vê por ai,
Procurando alguém
Com quem dormir.
Já que te abandonaram
Como um cão sardento.

Já não sinto mais nada

Agora já tenho dó
De te vê só
Comprando companhia
Quando antes
Você insistia
Que era amada.

By
Guaracy

segunda-feira, 4 de junho de 2007


PARCEIRO DA MORTE


Deixo nessa calçada
Deitado num papelão,
Essa criança infeliz
Fruto de uma agressão.

Que nasceu de um desamor,
Da dor de ser infeliz,
Deixo para a sociedade
Essa minha cicatriz.

Que nasceu desse modo
Que a cima. Narrei...
Que muitos dirão um dia;
Porque eu não abortei.

Deixo esse clandestino
Assim, de forma ilegal,
Esse indefeso humano,
Projeto de marginal.

Deixo no abandono
Entregue a própria sorte,
Alguém que eu sei;
Será parceiro da morte.

Deixo abortada a esperança
O futuro sem futuro
A segurança das pessoas,
Eu deixo andar no escuro.

Deixo mais uma vítima
Do racismo social,
Será em breve noticias
Em páginas de um jornal.

Deixo sem educação,
Sem nem cidadão chegar a ser...!
Esse que será algum dia,
Mais um bandido na Tv.

By
Guaracy Clementino
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